quinta-feira, 29 de abril de 2010

Festival Arte Rua


  O Jornal Aurora da Rua fez  3 Anos  de existência em  24 de  março de 2010: 

O Jornal Aurora da Rua está completando três anos de existência este ano, é o primeiro Jornal de Rua do Nordeste,  lançado pela primeira vez em 24 de março de 2007. Para a comemoração de aniversário foi realizado na última terça-feira, 27 de abril o Festival Arte Rua. O evento teve inicio pela manhã com uma exposição sobre a Aurora da rua montada em cima de carrinhos de catadores de papelão, pela tarde a exposição seguiu com a concentração do trio elétrico, que foi até a Praça Castro Alves.
Desde a primeira publicação do periódico, que os moradores de rua contam com apoio de jornalistas, design e assessor de imprensa. O texto é produzido pelos próprios moradores, mas a editoração e diagramação são realizadas pelo monitoramente dos profissionais, a sede fica numa rua ao lado da Igreja da Trindade na Cidade Baixa.
Atualmente o grupo consta de 65 moradores, que participam de oficinas de textos e de outras atividades que ajudam no processo de construção do jornal oferecido por voluntários em praças pública ou largos. Os moradores comercializam o tablóide a preço de um real e ganham 75% da vendagem, os locais que eles costumam transitar para distribuir o produto são: Largo de Roma, Praça da Piedade e Mercado Modelo.
Esse projeto tem como objetivo fazer com que os moradores de rua não sejam enxergados de forma marginalizada, mostrar o lado humano e ajudar a desenvolver a capacidade de discernimento dessas pessoas que vivem em condições precárias. Segundo a jornalista Vanessa Ive: É o momento em que o povo de rua pode ser visto, respeitado, aplaudido e valorizado.
O festival foi desenvolvido a partir da idéia dos próprios moradores que opinaram pela realização da festa com palco nas ruas, cantores, dançarinos, poetas, pintores e animadores. Este aniversário eles optaram por trio elétrico para diferenciar dos outros anos.
A cenografia foi criada com o apoio de Aroldo Derais, cenógrafo e ator, Marcos Costa, estudante da escola de Belas Artes da Universidade Federal Da Bahia e Maurício Pedrosa, cenógrafo e professor da escola de teatro também da Ufba. Os cenógrafos realizaram oficinas curtas e contaram com a criatividade dos próprios moradores na realização do cenário  do festival. Em homenagem aos cinco moradores de rua que foram assassinados no bairro do Cabula e um no Campo Grande, foram colocadas cruz num dos carrinhos, sendo que uma especificamente foi de cor rosa , devido uma das vítimas ser um homossexual.

FOTOS DO EVENTO: 


                      
                                                                
Praça- Castro Alves

          O rasta de azul é Ronaldo, vendendor e morardor de rua

               Organizadores, voluntários e moradores
                                


                                 Marcos Costa - Artista Visual


 
                           Aroldo Derais - Cenógrafo


 
 Homenagem  aos moradores que foram assasinados no início de 2010

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Democracia: Leitura para todos

Rosa: homenagem ao gay e morador de rua morto no Campo Grande
 

domingo, 25 de abril de 2010

Os baianos vão ao teatro



O projeto “Domingo no TCA” é uma parceria do Teatro Castro Alves com a secretária de Cultura do Estado e a Fundação Cultural. Acontece aos domingos, sendo que em momentos e horários alternativos. O objetivo desse programa é promover a democracia cultural através de preços populares, por isso o ingresso custa apenas 1,00R. Dessa maneira facilita a ida do público ao teatro.
No dia 11/04/10, na sala principal, foi à vez da apresentação da comédia musical “Os cafajestes”. O espetáculo estava previsto para começar 11; 00h da manhã como de costume. Porém a peça foi tão cortejada, que foi preciso formar improvisadamente duas sessões do espetáculo, uma que aconteceu aproximadamente dez horas da manhã e outra ao meio dia.
A idéia dos organizadores do evento foi benéfica, mas ainda não deu para quem quis, pois realmente era muita gente ao ponto de formar uma fila gigantesca, que ia desde o teatro até virar a Rua do Garcia e finalizar nos fundos da escola Sacramentinas.
E ainda dizem que baiano não vai ao teatro? A fila não parava de crescer e as pessoas insistiam em contar com a sorte, pois de acordo com a lógica que estavam diante de nossas vistas, já dava para saber que não daria todos aqueles espectadores no teatro. E ainda assim, a fila crescia, crescia e crescia.
Para satisfazer todo aquele público era preciso mais de uma sessão, porém essa estatística não fazia parte dos planos do projeto "Domingo no TCA". Ao menos essa é uma percepção que foi extraída desse dia.
A única reclamação do público é a seguinte, estava chovendo e mesmo assim as pessoas esperaram para tentar garantir sua vaga, quando acabaram os ingressos para segunda sessão, o grupo que estava lááááááááááaááááaáááá no fundão não foi informado que a última sessão já tinha sido completada e não haveria outra. Então essas pessoas que ainda tinham esperança de que os cafajestes fossem apresentar uma terceira vez, não estava sabendo que já não tinha mais vaga e nem outra sessão para abrir.
Daí em diante começou os burburinhos, pois as pessoas acham que deve haver mais respeito com o público, pois para fazer a propaganda do teatro e falar sobre espetáculos em cartazes, passou uma mulher com o carrinho anunciando. E por que não fazer o mesmo pra anunciar aos espectadores que estavam de plantão aventurando na fila, que já havia esgotado de fato as sessões? Ou seja, é preciso uma organização estruturada para no caso de acontecer estes imprevistos, o teatro saber agradar a gregos e troianos, seja como estratégia administrativa e também como respeito à população que vai ao teatro para se divertir.
Demonstrar gestos dessa maneira é uma forma de respeitar e aplaudir o público que ficou até o último instante tentando assistir ao espetáculo.
Vamos lá, se liga galera!Que o povo soteropolitano também tem fome e sede de teatro. O lindo disso tudo é que isso mostra o quanto às pessoas estão procurando ir ao teatro e degustar da arte.
Enfim e viva a arena de Téspis e Viva o teatro.
Para o público que ficou até o fim, Aplausos!!!!!!!!!!!!




Foto: Internet


  Eis aí a imensa fila, daí em diante...